Ainda que seja um tanto incerto o surgimento do skate no mundo, diversas pesquisas apontam para Califórnia nos Estados Unidos como sendo o berço da prática. O primeiro registro foi associado ao uso de caixas de laranjas com rodas no início do século XX por jovens estadunidenses; além de outro estudo do pesquisador Rhyn Noll (2000), que teria afirmado a existência de uma patente do skate em 1936, em seu livro “Skateboard retrospective”, no qual o objeto seria composto por um shape (prancha de madeira), quatro rodas e dois eixos
O primeiro skate fabricado e comercializado em série foi o Roller Derby em 1959. No início era chamado sidewalk surfing. O ‘surf de calçada’ se popularizou nos EUA e era praticado como freestyle ou downhill.
Somente a partir da década de 1970 o skate se popularizou mundo a afora, motivado por duas causas principais: a tecnologia e a evolução da prática com base no surf.
No que diz respeito a tecnologia, a invenção da roda de uretano na década de 70, que anteriormente eram feitas de borracha, ferro ou argila, cuja a mudança condicionou novas práticas corporais com o skate, para além de deslizar sob o asfalto, e gerou uma forte movimentação da indústria de equipamentos esportivos. Atrelado ao segundo fator, a influência do surf no estilo da prática.
Os Z-Boys, um grupo de jovens surfistas da periferia da cidade de Venice na Califórnia, formado por 11 homens e 1 mulher, revolucionaram o estilo de andar de skate, como eles mesmos afirmam no documentário ‘Dogtown and Z-boys’. Numa época de maré baixa, sem ondas, o skate surgiu como forma de migrar os movimentos do surf das ondas para o asfalto, consolidando a prática primeiro nas ruas e ladeiras da cidade. E posteriormente, numa época de seca na Califórnia, fazendo surgir o skate vertical/bowl nas piscinas vazias de Los Angeles. Para o skatista Tony Alva, integrante dos Z-Boys, as manobras só eram possíveis de serem realizadas porque os skatistas já tinham a base do surf, e conseguiam simular os mesmos movimentos que faziam nas ondas nas paredes curvas das piscinas ovais.
Antes mesmo do “boom” do skate e da invenção das rodas de uretano, o skate já havia chegado ao Brasil, mais especificamente no Rio de Janeiro, através das revistas norte-americanas de surf na década de 60, e ficou conhecido incialmente como “surfinho”. Mas, o equipamento ainda não era vendido no Brasil, e os surfistas adaptaram eixos de patins em pranchas de madeira para reproduzir o que viam na revista. Somente em 1974 os skates começaram a ser vendidos em algumas surf shops do litoral carioca.
Logo que o skate foi inventado, ou descoberto, o downhill se instituiu como uma das principais práticas. Em tradução livre ‘downhill’ significa ‘descer a ladeira’. A modalidade evoluiu principalmente pela invenção da roda de uretano que permitia mais estabilidade para as descidas. O Downhill ainda pode ser subdivido, em ‘speed’, ‘freeride’ e ‘slide’, e muitas vezes essas práticas se misturam.
No Downhill Speed, o objetivo é descer a ladeira o mais rápido possível. Existem diversas competições mundo afora, com circuitos locais, nacional e mundial. A tecnologia dos novos produtos proporcionou uma evolução contínua da categoria, pois permitiu atingir altas velocidades e assim o skatista foi aprimorando a forma corporal sobre o skate, com poses mais aerodinâmicas. O ‘Speed’ também exigiu do mercado equipamentos de melhor qualidade para garantir a segurança dos skatistas. Hoje ele é praticado com um skate no estilo longboard, onde as rodas e o shape são maiores que o skate ‘street’. A prática também inclui equipamentos de segurança indispensáveis como capacete e luvas, além de joelheiras e cotoveleiras. Em competições ainda são exigidos macacão de couro e capacetes full face.
Atualmente o recorde de velocidade é do americano Tim Del, com 146,54 Km/h registrado numa competição no Canadá em 2017. O brasileiro melhor colocado é o Bicampeão mundial Douglas Dalua, com 144 km/h. Aliás, nesta modalidade o Brasil ocupa o top do podium há 7 anos consecutivos. Tendo além do gaúcho Dalua, o paranaense Carlos Augusto Correa Paixão com 4 títulos, e o mineiro Thiago Lessa que conquistou seu primeiro título 2017 e atual campeão de 2018.
Já o Freeride consiste na descida livre aplicando drifts, também chamados de slides, e/ou outras manobras. Permite ao skatista se expressar livremente e desafiar-se, pois, exige muita habilidade e domínio do board. Durante as corridas de Speed muitas vezes se fazem necessários alguns drifts para frenagem em alta velocidade, quando não utilizado o foot brake, ou freio com um dos pés no skate e outro no chão.
O Freestyle também esteve presente no primeiro boom de skate, as primeiras competições seguiam este estilo que consiste em praticar manobras livres, quase como uma dança em cima do board. Na medida que a modalidade evoluía, foram adotados os longboard com shapes mais leves e, portanto, com mais espaço para o ‘dancing’ sobre o board.
O Dancing nada mais é que dançar sobre o skate longboard.
Também existem diversas competições nesse cenário, por vezes chamado de Freestyle, Dance Freestyle ou somente Dancing. Algumas incluem músicas escolhidas pelos skatistas que apresentam um tipo de performance manobrando o longboard.
Esta não é exatamente uma modalidade, mas sim um tipo de skate. Remete muito a forma original do skate old-school, que também ficou conhecido como tubarão devido a sua forma. De praxe, o nose (parte da frente) tem formato triangular como uma cabeça de tubarão, e o tail (parte traseira) em forma de cauda.
Os tamanhos dos cruiser variam de acordo com a preferência de cada skatista, mas não chegam a ser um longboard, apesar de poder ser montado com rodas e trucks de long. É utilizado para lazer, passeio e meio de transporte. Além de ser bem portátil e também permite andar em pistas, apesar de não ser o mais indicado para manobras.
Os Simuladores de Surf são um tipo de skate mais solto. Seu principal diferencial está no sistema de eixos. O truck diferenciado permite o skate fazer curvas mais fechadas, com mais facilidade e suavidade, imitando com mais fidelidade os movimentos de uma prancha de surf. Ou seja, o skate vira muito mais. Isso também exige mais habilidade de equilíbrio do skatista.
Os shapes são as peças com grande variedade de formatos no longboard. Além de cada modalidade conferir uma particularidade seja na sua forma de construção, tamanho, concave, etc, há muitas peças diferentes até mesmo na mesma modalidade. Tudo depende da preferência do skatista. Por isso ao invés de apresentá-los por modalidade, apresentaremos por termos.
Normalmente são feitos de lâminas de madeira escolhidas de acordo com o projeto de rigidez, flexibilidade e performance. A madeira escolhida muitas vezes depende da região onde são fabricadas ou condições de fornecimento. As mais comuns são maple, marfim e bambú.
Shapes fabricados com o bambu tem maior resistencia, durabilidade e leveza.Ainda podem ser complementados com lâminas de fibra de vidro e carbono para condicionar resistência. Outros ainda apresentam bordas de poliuretano para proteção da madeira contra choques, aumentando assim a durabilidade do shape.
É definido pela composição das lâminas quanto ao tipo de madeira usada e espessura do shape. Pela lógica de quanto mais rígido mais estável, por isso indica-se o uso de shape mais flexível para as modalidade de Dancing e Freestyle, e mais rígido para Downhill.
Definidos de acordo com a modalidade, definem também estabilidade e agilidade. Normalmente quanto maior mais estável, quanto menor mais ágil. Quanto a largura, recomenda-se que seja escolhido de acordo com o tamanho do pé do skatista. Para iniciantes principalmente, é importante escolher um shape onde os pés caibam inteiro no shape. Na maioria das vezes distância segue um padrão americano de medidas em polegadas. Um skate é considerado longboard quando o shape mede a partir de 40”.
É a distância entre a montagem dos trucks. Alguns shapes apresentam mais de uma possibilidade de montagem, quando tem mais de 4 furos para montagem. A lógica do tamanho também segue parâmetros de estabilidade e agilidade.
Diz respeito às curvas na estrutura do shape que auxiliam na posição dos pés, possibilitando melhores condições para executar manobras e de postura do skatista. O concave é mais trabalhado, ou mais ‘agressivo’ nos shapes de freeride e speed.
Há basicamente duas formas de shape quanto a montagem dos trucks. No shape ‘Top- Mount’ , o truck é fixado na parte de baixo. Isso faz com que o skatista tenha mais sensibilidade em relação ao truck. Já na montagem ‘Drop-Trough’, parte da base sobrepõe o shape, fazendo com que diminua o centro de gravidade e consequentemente aumenta a estabilidade do skate.
Os trucks de longboard tem tamanhos, ângulos e estrutura diferentes conforme as demandas de cada modalidade. Eles são montados de forma invertida aos trucks comuns de skate, assim permite movimentos mais soltos e curvas com mais facilidade.
Podem ser fabricados em alumínio nas formas: fundido, forjado ou usinado. E algumas vezes essas estruturas se complementam.
Cast: O tipo mais comum e consequentemente mais barato é o de alumínio fundido ou Cast. Porém também é o mais frágil por não preservar a estrutura do alumínio no processo de fundição.
Precisão: A usinagem por CNC (Comando Numérico Computadorizado) é o processo que normalmente usam nos Trucks de precisão, pois consiste no design feito por uma máquina de alta precisão na retirada de material do bloco de alumínio bruto. A precisão dos componentes é milimétrica, por isso esse tipo de truck normalmente é mais usado no downhill speed, onde cada detalhe faz a diferença em alta velocidade. A usinagem também é feita nas peças casting e forjadas em alguns pontos do truck que exigem finalização mais precisa como os pivot e ponteiras.
Forjado: É o tipo de construção mais forte e robusta, pois não há perda de material. A forja consiste na compactação do alumínio.
Traves e Ponteiras: Essa é a parte que define a largura do eixo, somado a dimensão das ponteiras, que podem ser fixas ou cambiáveis, dependendo do modelo que o fabricante oferece. O tamanho varia de acordo com a preferência do skatista, mas pela lógica, quanto mais largo, mais estável. E quanto menor, faz curvas com mais facilidade, tendo mais agressividade no grip e aderência para slides. Isso significa que a escolha também varia de acordo com a modalidade, sendo que o tamanho pode ir de 130 a 200mm.
Além do tamanho o material também pode fazer diferença no peso e na resistência. Para a trave os alumínios aeronáuticos são indicados para compor principalmente os trucks de precisão que aguentam mais impacto e pode ser usinado. As ponteiras podem ser de aço carbono ou aço inox. O inox tem vantagens de resistência e durabilidade, pois não enferruja.
Base: Esta é parte que conecta a trave ao shape. Ela tem ângulos diferentes que proporcionam ao truck virar mais ou menos. Quanto maior a angulação, mais alto e inclinado fica o truck, proporcionando curvas mais agressivas. O ângulo menor proporciona maior estabilidade.
Normalmente o ângulo varia entre 30° e 55º e é possível combinar ângulos diferentes na parte dianteira e traseira, mantendo a mesma altura, usando pads se necessário, mudando apenas a inclinação. Neste caso, recomenda-se que use a base com maior angulação na parte da frente e a menor atrás para melhor controle de tração, um recurso usado principalmente no Downhill Speed.
São as borrachas que completam a montagem dos trucks. Uma no lado do shape (board side) e outra do lado de fora (road side). A maioria dos trucks usam 2 peças. Os bushings são escolhidos de acordo com a forma e a dureza conforme preferência de uso do skatista. Mas também seguem indicações do fabricante do truck quanto a forma, e do peso do skatistas quanto a dureza.
É , o parafuso central, a peça que conecta todos os elementos do truck e os mantém no mesmo eixo. Normalmente acompanha o truck na compra mas deve ser verificado periodicamente, pois dependendo dos usos do skate, o parafuso pode entortar ou sofrer alterações de propriedades. Ele pode ser confeccionado em aço carbono, inox ou titânio. Alguns fabricantes já mandam ele preso à base. Acompanha porca autotravante, que permite controlar o aperto do truck pela porca. O aperto determina, em parte e em conjunto com as bushings, a rigidez do skate conforme o rolê.
São as peças que acomodam as bushings no truck. Podem ser de aço carbono ou inox. Tem formas diferentes de acordo com os bushings que forem acopladas. As lisas cumprem a função de proteger as bunshings no aperto do parafuso, e não interferir na dobra do truck. No estilo copo com bordas na parte interior, servem para alinhar melhor o truck de acordo com a movimentação do parafuso central. E as com bordas laterais, servem para acomodar melhor as bushings para não deformar quando trabalharem a pressão na virada do truck, isto também limita o rebote quando o skate volta para a linha.
É uma peça feita de uretano que acomoda o pivot da trave ao copo da base e permite o truck trabalhar sem travar e sem se deslocar. Por isso é bem justo e rígido, com dureza superior a 90A. Normalmente cada fabricante desenvolve um modelo próprio, mas as dimensões quase sempre são as mesmas por isso podem ser cambiáveis. É uma peça que apresenta desgaste e tem que ser trocada periodicamente para não prejudicar o desempenho do truck.
Conjunto formado por 8 parafusos com porcas autotravantes para acoplar a base no shape. Podem ser de aço carbono ou inox, com aperto por chave phillips ou allen. Devem ser verificados periodicamente, evitando enferrujar, entorar, ou espanar os parafusos, pois se não estiverem em perfeitas condições podem inclusive danificar o shape.
Até a década de 1960 as rodas de skate eram feitas de aço ou ferro. Na mesma década evoluiu para o baquelite, um tipo de massa de cerâmica. E no início dos anos 70 surgiu o uretano, que revolucionou toda a cena skateboard. As rodas de uretano então evoluíram conforme a demanda de cada prática com uma fórmula específica para cada tipo de rolê, com suas particularidades de forma, dureza, aderência e velocidade. Para ser considerada uma roda de longboard deve ter acima de 60mm de diâmetro.
Abaixo apresentamos as características que auxiliam na escolha da roda.
É medida em ‘shore’, representado pela letra A. No longboard a variação é de 76 a 85A. Quanto mais baixa a classificação mais macia a roda. A dureza pode ser escolhida de acordo com a configuração do skate ou ainda o peso do skatista. Rodas muito macias para pessoas leves podem parecer certa, mas se o skatista for um pouco mais pesado a mesma configuração pode parecer lenta. Da mesma forma uma roda mais dura pode proporcionar mais velocidade, mas também pode perder a aderência se o skatista for muito leve.
É o núcleo da roda onde acomodam os rolamentos. Pode ser confeccionado em plástico ou aço. Tem diferentes formas e tamanhos. Núcleos maiores tendem a resultar em rodas mais rápidas. Núcleos menores resultam em rodas mais lentas e mais aderentes. A posição do núcleo também pode variar, núcleo centralizados permitem a inversão das rodas para prolongamento da vida útil da roda. Núcleos fora de centro podem proporcionar outras formas de aderência nas curvas, necessárias em alta velocidade como no Downhill por exemplo.
Diz repito a largura da roda contemplando a área de contato com o solo.quanto maiores mais aderência.
Refere-se ao posicionamento do núcleo dentro da roda. Uma roda central tem um núcleo que é colocado à mesma distância de qualquer das bordas da roda (da esquerda para a direita). O benefício de uma roda central é que ela pode ser invertida da esquerda para a direita para evitar desgaste irregular. Isso é útil porque prolonga a vida útil da roda.
Refere-se ao posicionamento do núcleo dentro da roda. Uma roda central tem um núcleo que é colocado à mesma distância de qualquer das bordas da roda (da esquerda para a direita). O benefício de uma roda central é que ela pode ser invertida da esquerda para a direita para evitar desgaste irregular. Isso é útil porque prolonga a vida útil da roda.
Refere-se ao posicionamento do núcleo dentro da roda. Uma roda central tem um núcleo que é colocado à mesma distância de qualquer das bordas da roda (da esquerda para a direita). O benefício de uma roda central é que ela pode ser invertida da esquerda para a direita para evitar desgaste irregular. Isso é útil porque prolonga a vida útil da roda.
Escolha o shape ideal para o seu rolê. Longboards de bambu flexíveis ou rígidos, diversos tamanhos.
Escolha a roda ideia para o seu longboard. Rodas de alta qualidade para todos os gostos. De 65mm a 75mm.
Escolha rolamento ideia para compor o seu longboard. Os melhores rolametos. Bones, Loaded Boards, Sector9, Pig e Everlong.
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A Flowing Boards está comprometida em desenvolver longboards de alta qualidade, visando atingir alta performance e durabilidade em nossos shapes.
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